O tempo vai passando e a Netflix continua demonstrando uma capacidade incrível de fazer filmes originais tão bons quanto suas séries. Enquanto muitas pessoas admiram a empresa pela criação de House of Cards, Orange is The New Black e Narcos, outras, como eu, também a respeitam pelos longas. E o mais recente, XOXO manteve o alto nível de seus antecessores, The Fundamentals of Caring e Tallulah.
XOXO conta histórias que se passam antes e durante um dos maiores festivais de música eletrônica do mundo, o XOXO. A maioria dos filmes que abordam os eventos de música eletrônica mostra o lado negativo, especialmente no que diz respeito à drogas e promiscuidade. No entanto, XOXO chegou para mudar isso. Apesar de mostrar os exageros (que de fato existem), o filme não é focado nas negatividades, e sim nas histórias de amor e amizade que se fortalecem conforme o andamento do festival.
Visualmente o filme acompanha a beleza dos festivais. O excesso de cores se mistura com os momentos de pouca luz, contribuindo para que o clima seja criado. A estrutura gigantesca do festival XOXO também faz menções diretas a grandes eventos de música eletrônica: palcos gigantescos e jogos de luzes espetaculares. Isso sem falar dos figurinos dos personagens, que também chamam a atenção.
O roteiro também é satisfatório. Com ligações simples, a história se desenvolve de maneira eficaz e envolvente, muito por conta dos personagens, que nos divertem e nos emocionam. Durante o filme é impossível não querer participar de um festival de música eletrônica com aquelas pessoas.
XOXO é mais um filme diferente da Netflix, que consegue abordar um tema que sofre preconceitos de uma maneira empolgante, até mesmo para quem, assim como eu, não é muito fã do meio das músicas eletrônicas. Continue assim, Netflix, pois tenho vontade de explorar vários outros meios e me encantar por eles.