Após quase dois anos de espera, a segunda temporada de Westworld estreou no dia 22 de abril. Com um total de 10 episódios, Lisa Joy e Jonathan Nolan deram sequência aos acontecimentos do primeiro ano da série, desenvolvendo ainda mais os personagens e a complexidade do universo, inspirado no clássico filme homônimo, escrito e dirigido por Michael Crichton.
Enquanto a primeira temporada de Westworld, denominada The Maze, focava no processo de conscientização das hosts Dolores e Maeve e a rebelião das máquinas, a segunda, The Door, já desenvolve sua narrativa a partir do desfecho do primeiro ano, com todos os hosts voltando-se contra os guests, traçando a busca de uma vida mais digna. Mesmo mudando alguns pontos narrativos e a personalidade de certos personagens, a série mantém uma de suas identidades principais: construir um roteiro não-cronológico (algo que foi feito implicitamente na primeira temporada).
De uma forma orgânica e natural já característica de alguns roteiros cinematográficos de Jonathan Nolan, o roteiro da season 2 de Westworld caminha com diversas pontas que só serão desfeitas no último episódio, mostrando que não só cada cena da temporada foi friamente calculada, mas a linha temporal da série também.
Em diversos momentos, o roteiro nos leva para passagens temporais de décadas ou de apenas alguns anos atrás, tudo de encaixando para formar uma grande narrativa.
O segundo ano de Westworld veio para provar que Joy e Nolan sabem claramente o caminho que estão traçando com esta história, inclusive nos debates pontuais da série, coerentes com os momentos sociais que vivemos (mineração de dados é um dos principais pontos).
Felizmente, a segunda temporada se encerra levantando a bola para respostas que ainda precisam ser respondidas, o que nos garante novas temporadas. Infelizmente, a previsão é que a terceira temporada de Westworld não chegue tão cedo.
Só nos resta desativar o modo análise e voltar para a simulação nossa de cada dia, enquanto aguardamos novidades desta série tão incrível!