A HBO é famosa por suas megaproduções, com roteiros, atuações e personagens incríveis. Desde 2011, o canal, agora pertencente à Time Warner, investe massivamente no seu seriado carro-chefe: Game of Thrones. Porém, nada dura para sempre, e a trama político-medieval de Westeros começa a se despedir dos fãs, entrando para a história da Tv americana.
Neste contexto, surge Westworld, criada por Jonathan Nolan e Lisa Joy. Com o objetivo de se tornar a nova queridinha do selo HBO de qualidade, a série é baseada no filme homônimo de 1973, escrito e dirigido por Michael Crichton (autor do livro Jurassic Park), e conta a história de uma realidade simulada passada no Velho Oeste. Dentro deste mundo, os seres humanos gastam milhares de dólares para passar as férias ao lado de robôs humanoides, programados para servir como entretenimento sádico, no melhor estilo Clint Eastwood.
Se você já assistiu a filmes de Western e clássicos da ficção científica, já sabe muito bem onde isto vai parar…
No dia 04 de Dezembro, a primeira temporada terminou, respondendo a alguns mistérios expostos nos episódios anteriores, porém, plantando uma ansiedade extrema no espectador a respeito do que pode vir no próximo ano da série.
Jonathan Nolan já provou sua capacidade de amarrar bem roteiros durante as suas parcerias com o irmão, Christopher, em filmes como Amnésia e A Origem. Mais uma vez, agora com tempo de tela muito mais extenso para finalizar os arcos dramáticos, Nolan demonstra mais uma vez sua competência para criar mundos e desenrolar tramas dentro deste. Com atores competentes (incluindo Anthony Hopkins), a série transmite a sensação de mistério, porém, sem aquela insegurança consequente do final (desastroso) de Lost. Em Westworld, o telespectador consegue traçar panoramas da grandiosidade do que está por vir, mesmo não sendo previsível.
A primeira temporada se encerra com uma trama muito bem amarrada, com as principais dúvidas respondidas (e novas criadas), e com a segurança de que Game of Thrones está transferindo o seu trono para um rei igualmente competente.