Se encantar com as animações dos estúdios Pixar já não é nenhuma novidade. Desde Toy Story, lançado em 1995, somos agraciados com histórias encantadoras, inspiradoras e divertidíssimas. Em Viva – A Vida é uma Festa, dirigido por Lee Unkrich (Toy Story 3) e Adrian Molina, não poderia ser diferente.
O principal destaque para os trabalhos cinematográficos do estúdio sempre foi a construção de um storytelling extremamente humano, mas desenvolvido pelo ponto de vista de personagens improváveis (brinquedos, peixes, e até sentimentos) ou de universos familiares que são abordadas de maneira única (Os Incríveis). A Vida é uma Festa retrata personagens comuns (seres humanos), mas de maneira extremamente criativa e visualmente incrível, destacando a cultura mexicana, mais especificamente, o Dia de Los Muertos.
Acompanhando a história do personagem Miguel, somos levados para um universo novo, que retrata a morte como um ponto comum da vida, sem melancolia, sem tristeza, mostrando como o que deixamos na Terra, nossas lembranças nas memórias de entes queridos, que são os responsáveis por nos manter “vivos” na vida após a morte.
O roteiro do filme segue a famosa Jornada do Herói, já comentada por nós no D20 Lab 73, não apresentando grandes reviravoltas de plot. Mas a mensagem de Viva é fortíssima, de um impacto emocional que não víamos desde Divertida Mente, e com um forte apelo para o público adulto (como de praxe nas produções do estúdio).
Com um visual impecável, personagens cativantes, e uma mensagem de fortes reflexões para o espectador, Viva: A Vida é uma Festa mostra, novamente, porque a Pixar é uma das maiores referências em animações e storytelling: saber explorar o extraordinário, dialogando brilhantemente com os desafios do mundo comum.