A fórmula de carros e ações absurdas transformou a franquia Velozes e Furiosos em uma das maiores do cinema, no quesito bilheteria. Apesar das diversas mudanças de conduta dos personagens durante a saga, os filmes sempre mexeram com anseios de jovens adolescentes que sonham em ter um carro e “tuná-lo” para andar em alta velocidade.
Velozes e Furiosos 8 estreou na última semana, e se tornou a maior abertura da história do cinema, arrecadando mais de 500 milhões de dólares em um fim de semana. Entretanto, o filme decepciona. A temática é a mesma. A gangue de Vin Diesel tem problemas com um criminoso e tenta resolvê-los através de perseguições surreais e confrontos absurdos. Desde o quarto filme da franquia o formato se repete. E no oitavo longa isso não é diferente. Mas outras coisas são.
Os absurdos que tornaram Velozes e Furiosos 5,6 e 7 hilários, e transformaram Vin Diesel e The Rock em semi-deuses dos filmes de ação, não foram repetidos em Velozes e Furiosos 8. Não na mesma proporção, pelo menos. Nas produções anteriores, Toretto atravessa pontes com um pulo e prédios com um carro. Neste não, ele é apenas o mesmo bobo fortão de sempre. Aliás, Vin Diesel está mais sem expressão do que nunca, assim como boa parte dos atores do filme. Incluindo, Charlize Theron, que interpreta uma vilã muito fraca.
Os efeitos visuais são aceitáveis, mas nem um pouco espetaculares. As locações, entretanto, são agradabilíssimas, assim como os carros utilizados pelos criminosos que protagonizam o filme. No geral, Velozes e Furiosos 8 continua é um longa-metragem feito para amantes de velocidade e de ação, assim como seus antecessores. Contudo, tenta ser sério demais, mas falha miseravelmente, pois esse nunca foi o propósito da franquia. Afinal, os fãs da saga não querem saber de hackers que digitam rápido, e sim de carros que andam em velocidades altíssimas e de estrelas do cinema (como Diesel e Johnson) agindo como super-heróis.