Quando a tecnologia 3D surgiu nos cinemas despertou curiosidade nas pessoas. Pelo menos o modelo que conhecemos atualmente. Os filmes 3D existem desde 1915, mas se popularizaram nos anos 2000, especialmente após Avatar. Entretanto, muitos adoradores da sétima arte criticam o recurso, seja pelo preço ou pelo desconforto. Inclusive, alguns espectadores costumam dizem que a diferença é muito pouca em relação a filmes normais. Obviamente, estamos falando do 3D simples, pois o IMAX, apesar da presença dos óculos e do recurso 3D, é algo totalmente diferente e que tem se tornado unanimidade entre o público.
Apesar das críticas, alguns filmes acabam valendo a pena. Particularmente, não gosto muito da tecnologia 3D. Entretanto, consigo listar algumas produções das quais não me arrependo de ter visto em 3D. Hoje trouxe cinco delas. Confira abaixo:
Mogli: O Menino Lobo (2016)
Já dei minha opinião sobre o novo filme live-action da Disney, mas tenho que coloca-lo nessa lista. Mogli: O Menino Lobo apresenta uma das melhores utilizações do 3D no cinema. Visualmente o filme é lindo, e acredito que seja mesmo sem os óculos de terceira dimensão. Contudo, o 3D compõe muito bem a produção. Não é forçado (jogando coisas na sua cara o tempo todo), te coloca mais perto dos personagens e transmite uma sensação de que você está dentro da selva. Simples, mas eficiente.
Avatar (2009)
Gostando ou não, o filme de James Cameron se tornou o padrinho do 3D. E merecidamente. Se a história de Avatar deixa a desejar, o visual do filme compensa. O universo de Pandora é belíssimo, e a tecnologia tridimensional contribui muito para que a experiência seja completa. Cameron soube revolucionar a indústria, inquestionavelmente. Porém, acho que também podemos culpá-lo por quase todos os blockbusters atuais serem lançados somente em 3D e IMAX, mesmo sem um motivo justo para isso.
A Invenção de Hugo Cabret (2011)
Martin Scorsese é um diretor completo. Cuidando de roteiro e de atuações é impecável, e em A Invenção de Hugo Cabret, demonstrou que também pode dominar as tecnologias. O filme é encantador, e a experiência 3D vista nele também. Seguindo a linha de Mogli, é uma utilização bem simples de tal recurso, mas essencial. Durante o filme você sente como se estivesse em Paris, acompanhando a história do jovem inventor. O 3D do longa é um elemento fundamental para que o público sinta o clima da produção e viaje na época em que a história se passa. Afinal, 3D não precisa utilizar apenas explosões e bichos voando na sua cara para ser bom. Scorsese comprovou isso.
Mad Max: Estrada da Fúria (2015)
O filme mais revolucionário do último ano também merece um lugar na lista. Ver as explosões verídicas de Miller em 3D é incrível. Falar sobre os efeitos visuais de Mad Max é algo comum, especialmente após o Oscar. Contudo, é bom destacar que o 3D, apesar de não ser fundamental, é um recurso muito bem empregado no filme. Assim como todas as outras tecnologias utilizadas pelo diretor.
Divertida Mente (2015)
Normalmente as animações 3D são mais bem aceitas do que o público. Por se tratar de algo mais artificial, a combinação funciona. No entanto, algumas acabam exagerando e utilizando as mesmas técnicas para chamar a atenção das crianças. Divertida Mente não faz isso. O filme da Pixar, como um todo, é excelente. O funcionamento da mente de Riley é impecável, e o visual contribui para esse acerto do longa. Consequentemente, o 3D também é aplicado de uma maneira correta, na qual as várias cores existentes na vida da garota e nos personagens se destacam. Para variar, a Pixar ainda ensinou às outras empresas de animação como fazer bom uso de uma tecnologia ainda muito questionada.