Nos últimos anos, os musicais voltaram a ganhar espaço em Holllywood. Os Miseráveis e La La Land foram os grandes responsáveis por reerguerem o gênero, e até grandes clássicos estão sendo reaproveitados. É o caso de Mary Poppins. O icônico filme de 1964 da Disney acaba de ganhar uma continuação. E que continuação!
O Retorno de Mary Poppins estreou na última quinta-feira já com alguns fatores positivos. O longa-metragem de Rob Marshall foi indicado ao Globo de Ouro em quatro categorias (Melhor Filme Musical ou Comédia, Melhor Atriz de Musical ou Comédia, Melhor Ator de Musical ou Comédia, Trilha Sonora) e deve aparecer no Oscar 2019. Além disso, tem recebido muitos elogios dos críticos e dos fãs mais ferrenhos da personagem.
Para começar, as músicas e as atuações são excelentes e extremamente interligadas. As canções, cativantes e bem produzidas, são entoadas de forma magistral pelo elenco, especialmente por Emily Blun e Lin-Manuel Miranda, indicados ao Globo de Ouro.
As crianças do filme também atuam bem, apesar de seus personagens serem pouco aprofundados. Os elencos de apoio e de antagonistas também contam com estrelas consagradas, como Colin Firth e Meryl Streep, que deixam a produção ainda mais interessante.
O figurino e o design de produção também merecem aplausos, pois conseguiram encher o longa de referências, classe e adequação à década de 1930, na qual se passa a história. Obviamente, a belíssima fotografia e os bons efeitos visuais também contribuem para que a experiência seja verosímil e para que você queria conhecer Londres e seu belo céu.
A direção de Rob Marshall não é excepcional, mas consegue captar o espírito de Mary Poppins, assim como o roteiro. Se por um lado a narrativa é previsível, por outro ponto de vista é uma bela homenagem ao longa de 1964, tendo em vista que os personagens se mantiveram coerentes (especialmente a protagonista) e a história continua mágica, encantadora e emocionante.
O Retorno de Mary Poppins pode não ser um dos melhores filmes do ano, mas é sem dúvidas uma produção carismática, emotiva e até nostálgica, apesar de ser um filme atual. Juntar atores reais com desenhos e reviver personagens antigos pode ser algo banalizado nos dias de hoje, mas até o banal também pode ser digno de aplausos, se for feito da maneira correta.
O fato é que a Disney comprova, dia após dia, que suas origens não podem e não devem ser esquecidas. A companhia é o lugar ideal para guardarmos as histórias e as personagens que foram perdidas ou esquecidas conforme os anos se passaram. Positivamente, as novas gerações estão descobrindo e aprovando tais elementos da melhor forma possível.