A Sony Pictures divulgou um Press Book com informações muito interessantes sobre Blade Runner 2049. O filme estreou ontem e deve ser o grande nome das bilheterias no fim de semana. Confira abaixo entrevistas, curiosidades e detalhes sobre a produção:
Sobre Blade Runner 2049
“O que define um ser humano?" Essa é a questão proposta pelo diretor Denis Villeneuve. E as respostas surpreendentes sugeridas em seu novo filme, Blade Runner 2049, desafiam as noções que as pessoas têm de quem nós somos … e para onde nos dirigimos.
Não é a primeira vez que o valor – e os valores – da humanidade são questionados.Há trinta e cinco anos, o revolucionário filme futurista Blade Runner: O Caçador de Androides (Blade Runner) estreava nos cinemas. Dirigido pelo lendário Ridley Scott e baseado no romance de Philip K. Dick, Do Androids Dream of Electric Sheep?, o filme levou o público a um futuro distópico diferente de tudo o que já tinha sido visto.
Naquela época, ninguém poderia imaginar o impacto que Blade Runner teria na cultura moderna, inaugurando o que se tornou um gênero totalmente novo: ciberpunk neo-noir. Hoje, a obra-prima visionária de Scott é considerada um dos melhores e mais importantes filmes de todos os tempos, mas seu impacto extrapolou o universo cinematográfico para a televisão, a música, a arte, a moda e até mesmo aos cursos universitários.
Agora, depois de mais de três décadas, Blade Runner 2049 nos leva de volta ao mundo que atraiu gerações de fãs em um filme que é ao mesmo tempo uma sequência há muito ansiosamente aguardada e uma experiência cinematográfica única em si mesma.
Villeneuve, que se inclui entre os devotos do filme original, afirma: “Eu me lembro vividamente de assistir a Blade Runner pela primeira vez e ficar atordoado com aquela que considero uma das aberturas mais impactantes da história do cinema – o voo sobre a Los Angeles de 2019, vendo aquela paisagem de refinarias de petróleo. Ridley Scott apresentou uma imagem muito forte do que poderia ser o nosso futuro que era ao mesmo tempo muito sedutor e muito assustador”.
Scott afirma que, mesmo com todas as suas dificuldades, ele jamais poderia ter previsto o quão icônico um de seus primeiros longas-metragens se tornaria. Nesse tempo desde então, ficou evidente que o filme de Scott havia, de fato, antecipado uma série de preocupações societais que se tornaram cada vez mais prevalentes. E com o nosso planeta agora quase no momento em que Blade Runner se passava, ele parece mais revelador e mais relevante do que nunca – prenunciando questões de decadência urbana, mudanças climáticas, engenharia genética, superpopulação, as disparidades sociais e econômicas e mais.
Harrison Ford transformou o protagonista do filme, Rick Deckard, em um dos seus desempenhos mais indeléveis nas telas. Acerca do seu retorno ao papel, ele comenta: “Certamente, ele foi visionário de muitas maneiras. Creio que, à medida que a tecnologia se desenvolvia e as pessoas começaram a ver alguns dos problemas que o filme discutia reproduzidos na vida real, houve ainda mais razões para aceitar os temas tratados em Blade Runner”.
Ryan Gosling, que interpreta o papel de um detetive do Departamento de Polícia de Los Angeles chamado K em Blade Runner 2049, comenta: “O filme original é impressionante; é difícil esquecê-lo. Ele instiga você a questionar a sua ideia do que significa ser humano. Ele faz você questionar sua capacidade de diferenciar o herói do vilão. É uma visão angustiante do futuro que, de alguma forma, faz sentido e parece possível e que, ainda assim, é apresentada desta maneira romântica e onírica que você não consegue esquecer. O tempo provou o quanto era especial”.
O produtor Andrew A. Kosove concorda. “Blade Runner estava à frente do seu tempo de muitas maneiras. Com sua narrativa e seu desenho de produção visual característico, que Ridley Scott concebeu brilhantemente, o filme permeou a nossa cultura e mudou a nossa percepção sobre o papel da tecnologia e sobre o nosso futuro. Acho que é por isso que é ele tão r
reverenciado”.
Essa reverência, compreensivelmente, fez com que Kosove e seu sócio na Alcon, o produtor Broderick Johnson, hesitassem quando foram sondados sobre a possibilidade de um novo filme Blade Runner. Johnson confirma: “Nós, definitivamente, tivemos que pensar muito quanto a assumir um projeto tão ambicioso, mas ambos adorávamos o original, então, decidimos embarcar no projeto”.
A ideia de filmar um novo capítulo da história de Blade Runner chegou à Alcon através do produtor Bud Yorkin, que integrou a equipe de produção do filme original, e de sua esposa, a produtora Cynthia Sikes Yorkin. Diz ela: “O Bud sonhou durante tantos anos em continuar a história, e fiquei muito feliz de apoiá-lo nessa empreitada. Infelizmente, ele faleceu antes que pudesse ver a conclusão do filme, mas foi um presente maravilhoso para ele saber que seria feito. E Andrew e Broderick foram muito respeitosos com o Bud e nos envolveram em todos os aspectos da produção desde o início. Eles se dedicaram a esse projeto de todo o coração, e eu não poderia ter pedido parceiros melhores para realizar esse nosso sonho”.
Scott, que se associou ao projeto como produtor executivo, afirma: “Blade Runner sempre foi pensado como um longa-metragem único, mas sabíamos que ainda havia mais histórias a serem contadas do que as duas horas permitiriam”. Scott procurou o roteirista Hampton Fancher, que coescreveu o roteiro do Blade Runner original. qualidade de vida. Em ambos os filmes, existem seres humanos e existem replicantes, e embora pareçam muito semelhantes, eles são considerados muito diferentes, porque um nasce e o outro é criado. E a diferença inata entre eles é que se acredita que alguém nascido tenha uma alma. Mas qual é a natureza da alma… e ela é exclusivamente humana?”
Denis Villeneuve quando foi apresentado ao roteiro completo ficou muito emocionado. “O nível de confiança que a Alcon depositou em mim, para colocar esse filme nas minhas mãos… foi um dos maiores elogios da minha carreira”. Tendo trabalhado com Villeneuve no drama de sucesso Os Suspeitos (Prisoners), os produtores estavam plenamente conscientes das habilidades que ele poderia trazer para o projeto. Na concepção da aparência geral do filme, Villeneuve queria permanecer fiel ao espírito do original. Os cineastas enfatizam que, mesmo Blade Runner 2049 sendo uma sequência do original, ele se sustenta perfeitamente sozinho. Mesmo que você nunca assistido ao primeiro filme, você não terá nenhum problema em entender a história.
Os cineastas também tiveram que imaginar as condições no planeta três décadas depois. Villeneuve esclarece: “Blade Runner se passava em 2019 e foi profético em muitos aspectos, mas já sabemos que o nosso 2019 será bem diferente daquilo. Então, tomamos a decisão de criar nosso próprio 2049 – para impulsionar o filme rumo ao seu futuro previsível. O mundo de Blade Runner 2049 é uma extensão de Blade Runner; não é uma extensão da realidade;.
Juntando-se a Gosling e Ford no elenco de protagonistas, estão Ana de Armas como Joi, a melhor amiga, confidente e namorada de K; Sylvia Hoeks como Luv, que trabalha para o criador de replicantes Niander Wallace e é ferozmente leal a ele; Robin Wright como a tenente Joshi, a chefe de K no Departamento de Polícia de Los Angeles; Mackenzie Davis como
As filmagens de Blade Runner 2049 foram inteiramente realizadas na Hungria, com a produção ocupando todos os seis platôs e o backlot dos Estúdios Origo, em Budapeste; três estúdios de filmagem do Korda Studios, em Etyek; e uma série de outras locações em todo o país. Tanto quanto possível, a equipe técnica evitou a computação gráfica e o uso de telas verdes em favor da captura da ação com a câmera em sets práticos.
Para o elenco, pisar naquele ambiente físico teve o resultado desejado. Gosling atesta: “Foi incrível contar com aqueles sets porque, nós, atores, podemos realmente nos concentrar no mundo interno do nosso personagem, uma vez que o mundo externo estava tão plenamente realizado”.
“É como se você tivesse aquele mundo fantástico ao seu redor, mas você está sempre no nível humano”, acrescenta Villeneuve, que garante: “Blade Runner 2049 é uma história muito íntima contada com enorme escopo”.