“É hora de morfar!”. Ao ouvir essa frase, os fãs mais fervorosos gritaram e se emocionaram durante a exibição do novo Power Rangers. E essa reação representa bastante o clima do filme. Feito para conseguir novos fãs para a franquia, e também para agradar os saudosistas da série dos anos 1990, a produção da Lionsgate já é um sucesso de público, merecidamente.
Com uma narrativa adolescente, Power Rangers é divertido, leve e cheio de referências. Os personagens têm os mesmos nomes e funções dos protagonistas de Mighty Morphin, mas possuem uma linguagem muito mais atual, claramente feita para conquistas os jovens, que devem “sustentar” a franquia pelos próximos anos. E, apesar de muito novos, os atores correspondem aos papéis dos Rangers muito bem. Assim como os outros atores do elenco.
Bryan Cranston, por exemplo, é um ótimo Zordon (mesmo com uma babaquice além do normal). O mesmo serve para Elizabeth Banks, que interpreta uma Rita Repulsa muito mais repugnante e assustadora do que a divertida vilã clássica, interpretada por Barbara Goodson. Inclusive, a cena inicial dos dois personagens é reveladora e extremamente instigante. Uma das melhores do filme. E até mesmo as aparições de atores icônicos de Power Rangers são satisfatórias, mesmo que breves.
No entanto, Power Rangers possui defeitos. Os protagonistas utilizam seus acessórios por muito pouco tempo. E mesmo após a caracterização de Power Rangers, abrem mão dos capacetes durante as batalhas. Algo frustrante, assim como as brigas, que são poucas e não apresentam o mesmo clima das produções anteriores. Os efeitos especiais também deixam a desejar, sendo, em alguns momentos, pífios e feios. Mas isso não estraga a experiência.
Para os fãs antigos, a nostalgia e as referências carregam Power Rangers, e o restante da história não atrapalha. E o inverso acontece com os novos espectadores. Ou seja, é um filme com uma boa fórmula, que revive um clássico de maneira eficiente e agradável. Sorte da Lionsgate, pois a produtora agora possui mais uma mina de ouro em suas mãos. E uma mina de ouro que pode ser visitada, e revisitada, por pessoas de todas as idades. Basta continuar com esse caminho de morfadores, piadas, jovialidades e elementos nostálgicos.