Isaac Asimov, Philip K. Dick, Arthur C. Clarke. São inúmeros os autores de ficção científica que se destacam no ramo literário, levando até mesmo a adaptações cinematográficas de suas obras.
Porém, qual é a principal diferença entre filmes como 2001: Uma Odisseia no Espaço, Blade Runner e seus respectivos romances? Em um lado da moeda, temos a palavra escrita. Aquela que nos dá clareza e objetividade. Sim. Objetividade é a palavra-chave na ficção científica literária.
Embasada em teorias com conceitos entranhados em princípios da ciência, a ficção científica escolhe o caminho da divagação e questionamentos da existência humana através de metáforas desenvolvidas com palavras claras e objetivas.
O livro 2001: Uma Odisseia no Espaço, de Arthur C. Clarke, por exemplo, gera polêmica até os dias de hoje por, segundo críticos, sua objetividade, destruir a beleza poética construída no filme homônimo, dirigido por Stanley Kubrick.
Por falar em cinema, do outro lado da moeda, as adaptações de ficção científica da sétima arte sofrem constantes controvérsias. Temos os adeptos de mensagens subjetivas e poéticas, fãs de filmes, como Interestelar e Blade Runner, e os que defendem que a qualidade de uma boa história deste ramo está em seus conceitos científicos bem embasados, com uma exposição direta e objetiva.
Deixando um pouco os gostos de cada de lado, boa parte das apostas para filmes icônicos de ficção científica sofrem com a limitação de tempo e projeção da história, impossibilitando divagações tão profundas quanto as feitas na literatura.
Esse é um dos principais motivos para grandes cineastas, como Stanley Kubrick, apostarem em um conteúdo poético através de imagens e sons para transmitir as mensagens de suas histórias. A ciência em si acaba ficando como plano de fundo, porém, sem comprometer o seu encanto.