Bohemian Rhapsody estreou na última semana e tem arrecadado bons milhões de dólares nas bilheterias mundiais. A força do Queen, somada com a fama de Freddie Mercury e um bom marketing feito pela 20th Century Fox fizeram com que o filme fosse muito comentado nas redes sociais e ganhasse a admiração de muitos fãs da banda. O longa-metragem, contudo, tem alguns pontos negativos que chegam a ser frustrantes, apesar de também merecer elogios.
Listamos abaixo alguns desses pontos positivos e negativos para você saber o que esperar da produção.
Pontos Positivos
Trilha Sonora
Sem dúvidas o principal ponto positivo do filme é a trilha sonora. As músicas do Queen são muito marcantes e extremamente cinematográficas, ou seja, perfeitas para filmes. Quando colocamos isso ao lado de representações da própria banda, a experiência fica mais intensa e emocionante.
Rami Malek
Famoso por Mr. Robot, Rami Malek fez um bom trabalho como Freddie Mercury, apesar dos pesares. Malek foi um pouco prejudicado pela caracterização e pela edição nas cenas de dublagem, nas quais ele também tem erros de atuação, por sinal. No entanto, o balanço é positivo, tendo em vista que ele consegue convencer e emocionar o público em várias cenas, sendo convincente e carismático, assim como Freddie.
Coadjuvantes
Os atores coadjuvantes possuem muitas semelhanças com as pessoas que interpretaram, e conseguem atuar muito bem, para melhorar a situação. Os grandes destaques são os intérpretes de John Deacon (Joseph Mazzelo) e Brian May (Gwilym Lee).
Entretenimento
O filme funciona muito bem como produto de entretenimento. Não pode ser considerado uma biografia muito fiel da banda e de seu vocalista, mas é uma ótima opção para passar o tempo e relembrar a carreira do Queen. Por conta disso, a experiência tende a ser muito melhor para os grandes fãs do grupo.
Pontos Negativos
Roteiro
A narrativa de Bohemian Rhapsody não é das melhores. O roteiro não apresenta grandes ápices, pontos de virada e recursos narrativos emocionantes. Pelo contrário. Em muitos momentos recorre aos clichês e às associações mais simplórias para descrever o complexo Freddie Mercury e a conturbada história do Queen. A ausência de mais momentos abordando o processo de composição e gravação das músicas é frustrante, assim como o problema da “Chapa Branca”, que também prejudica o filme. Com produção de Bryan May, o longa tenta, em alguns momentos, tratar Freddie como a pior pessoa do mundo e os demais membros da banda como santos do Rock.
Direção
Bryan Singer sempre foi um diretor questionável, e em Bohemian Rhapsody ele demonstra não levar muito jeito com cenas muito grandiosas. As passagens de apresentações do Queen poderiam ser muito mais emocionantes e reais se tivessem sido dirigidas por outra pessoa (Bradley Coooper poderia ensiná-lo).
Censura
Por ter uma censura baixa (14 anos), Bohemian Rhapsody não consegue mostrar a intensidade do Queen e de Freddie Mercury. Por conta disso, o público pode se sentir iludido ou feito de bobo, o que é ruim para a história verdadeira da banda.