Como boa parte dos trabalhos de Darren Aronofsky, mãe! é um filme que cutuca feridas. Uma história onde a cena pós-crédito simplesmente é o espectador digerindo tudo o que lhe foi apresentado durante os 120 minutos de exposição. O longa-metragem evolui exponencialmente, indo de um pequeno incômodo e confusão para um desfecho angustiante e honesto.
Estrelado por dois brilhantes atores, Jennifer Lawrence e Javier Bardem, mãe! coloca a personagem de Lawrence e o espectador em posição de igualdade: em uma situação familiar, que se torna cada vez mais confusa e perturbadora. Com diversas metáforas, o filme parece contar duas histórias diferentes (uma explícita e outra implícita); porém, no desenrolar da trama, a distância entre as duas começa a diminuir cada vez mais, e a mente do público entra em um processo de retrospecto de tudo que já aconteceu, mostrando como cada diálogo, cada personagem e cada elemento em tela faziam parte integral da construção da brilhante narrativa.
Apesar de estar sendo vendido como uma obra de terror/suspense, mãe! não é nem de perto o que suas peças publicitárias mostram. O filme vai muito mais além. O trabalho desenvolvido por Aronofsky não é um mero entretenimento; é aquela típica arte feita para incomodar, levando a uma profunda reflexão sobre nossas posturas diante da vida em sociedade.
Com uma fotografia seca e claustrofóbica, e uma trilha sonora inexistente, a sensação criada é de grande proximidade das situações e sentimentos vividos pela personagem de Jennifer Lawrence, como se estivéssemos ali, presenciando ao vivo cada momento, mas sem que nada possa ser feito (o que, inclusive, é muito conveniente para a mensagem transmitida).
mãe! é uma obra única, que certamente vai entrar para a lista dos grandes trabalhos de Darren Aronofsky, e uma das maiores surpresas para o cinema em 2017. Anunciado de forma tímida como o próximo trabalho do diretor, foram as peças publicitárias que começaram a chamar a atenção, mesmo sem entregar nada do que se tratava a trama.
Assista nos cinemas e repare em cada fala e cena que parecem soltos e gratuitos no roteiro, pois se tornarão um complemento essencial para compreender a totalidade, o impacto e a importância da mensagem do filme.
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O esposo é poeta e encontra-se no meio de um bloqueio, enquanto que a mulher ocupa seu tempo reformando a casa, que fora queimada não muito tempo atrás. Eu amo os filmes como este, também recomendo assistir Professor Marston e as Mulheres Maravilha, este filme é um dos filmes de drama 2017 que estreou o ano passado. É impossível não se deixar levar pelo ritmo da historia. Amei que fez possível a empatia com os seus personagens em cada uma das situações. Sem dúvida a veria novamente, achei um filme ideal para se divertir e descansar do louco ritmo da semana.