Vencedor de sete Globos de Ouro e grande favorito ao Oscar 2017, La La Land – Cantando Estações finalmente estreou no Brasil. O musical de Damien Chazelle tem causado alvoroço nas redes sociais e no meio cinematográfico, como um todo. E o hype é real e mais do que merecido. Protagonizado por Emma Stone e Ryan Gosling, o filme é uma obra-prima e uma grande homenagem à todos os cineastas, cinéfilos e sonhadores.
Apesar de serem muito importantes para a Cultura Pop, os musicais ainda sofrem com o preconceito do público, muito por conta das músicas, que costumam ser muito clássicas e “gritadas”. La La Land – Cantando Estações se diferencia de boa parte desses longas por isso. A trilha sonora composta por Justin Hurwitz é impecável e contagiante. Com canções animadas, melódicas e inspiradoras, a parte musical do longa não é nem um pouco cansativa e é extremamente adequada às cenas em que são inseridas. Interessante também é reparar a repetição a transformação das músicas cantadas em canções instrumentais, compondo os momentos de diálogo do filme.
No entanto, o filme cresce nos momentos de cantoria. Especialmente quando Emma Stone e Ryan Gosling cantam juntos, como em City of Stars e Lovely Night. A dupla de atores, por sinal, apresenta uma química invejável e essencial para o sucesso da narrativa. Ambos têm atuações consistentes, convincentes e encantadoras. Contudo, La La Land – Cantando Estações é de Emma, mais do que de Gosling. Merecidamente, a atriz de 28 anos tem chances reais de levar seu primeiro Oscar, enquanto Gosling tentará surpreender.
A parte técnica de La La Land – Cantando Estações também só merece elogios. Montagem, figurino, cenografia, direção de arte, fotografia, entre outros elementos, fazem com que o filme seja belíssimo visualmente e conceitualmente. Tudo dialoga perfeitamente com as cenas, números musicais e cargas dramáticas do filme. Todo o cuidado (e trabalho) da equipe foram fundamentais para o sucesso de crítica do filme.
Para completar, faltava um dos pontos mais importantes: a narrativa. E sim, ela é muito boa. A história é simples, mas muito bem elaborada. Sem furos no roteiro e com várias referências, La La Land – Cantando Estações é uma ótima história de amor, além de ser um colírios para os amantes da cultura pop. O filme é, obviamente, uma bela homenagem aos grandes musicais, como Cantando na Chuva, mas também faz menções ao cinema mudo, às comédias românticas, à jornada do herói, ao Jazz e a outros ícones pop. Além, é claro, de fazer um belo passeio por LA e alguns de seus locais mais conhecidos.
Desde a incrível sequência inicial até os momentos finais, La La Land – Cantando Estações conquista o público e mostra por que deve se tornar o musical mais premiado da história do cinema. O filme mostra o quanto Hollywood pode ser auto-destrutiva e, ao mesmo tempo, apaixonante. Realmente, é um longa feito por sonhadores do cinema para sonhadores que prestigiam o cinema, em suas mais diversas vertentes. E se a vida é feita de escolhas, amores e boas histórias, temos que agradecer a Damien Chazelle por ter escolhido amar o cinema, pois conseguimos ter o privilégio de presenciar grandes histórias, como Whiplash e La La Land – Cantando Estações.
E que o Oscar não cometa a injustiça de não premiar La La Land – Cantando Estações, pois o século XXI finalmente tem o seu grande filme musical, e as pessoas precisam reconhecer a importância disso para a indústria cultural, como um todo. La La Land – Cantando Estações é um filme que inspira, e merece todos os prêmios, risos, lágrimas e aplausos possíveis.
A Emma de fato tá maravilhosa, mas tenho minhas dúvidas quanto à academia dar um oscar pra ela… Tomara que eu quebre a cara! 💛