Cantar e encantar são duas ações muito bem executadas pelos filmes da Disney, desde A Branca de Neve e os Sete Anões. A junção de musical, filmes infantis e histórias moralizadoras sempre funcionou e foi uma das grandes responsáveis pelo sucesso das obras feitas pela empresa. Em Moana – Um Mar de Aventuras a fórmula continua viva, mas de uma maneira diferente.
Moana é uma jovem de 16 anos que é filha do chefe de uma tribo na Polinésia. Apaixonada pelo mar, a protagonista só consegue embarcar em uma aventura por ele após ver que seus amigos e familiares precisam de ajuda para sobreviverem. Forte e determinada, Moana é uma ótima personagem. A garota não apresenta o visual estético desenvolvido para as princesas clássicas da Disney (com vestidos, acessórios e cabelos loiros), mas conta com uma fibra e uma praticidade vista poucas vezes em personagens femininas de animações. Uma personagem feita para emponderar e influenciar uma geração de meninas que está se acostumando a gostar de heroínas, e não só de princesas.
Os outros personagens, na sua grande maioria, também são bons. Destaque para Maui, Tala e Pua, que conseguem ser carismáticos e úteis à narrativa. Ao contrário do galo Heihei, que apesar de ter bons momentos, é cansativo, chato e inútil para o desenrolar da história. Por sinal, foi uma péssima escolha dos roteiristas levá-lo na jornada com Moana ao invés de incluírem o porquinho Pua.
Por sinal, o roteiro é o grande problema do filme. Moana – Um Mar de Aventuras. Com muitos clichês, vilões ruins e desfechos previsíveis, a narrativa do longa se consolida como a pior feita pela Disney nos últimos cinco anos, sendo muito inferior aos grandes sucessos Zootopia, Frozen e Operação Big Hero. No entanto, é uma história que funciona para crianças, muito por conta das piadas bobas e das ações repetitivas.
A parte musical da versão brasileira também deixa a desejar. Em alguns momentos as músicas são muito parecidas e/ou cansativas. Isso sem falar da perda do tom dos acontecimentos visuais. O número musical de Tamatoa, por exemplo, não condiz nem um pouco com a sequência de ação na qual está inserido. Ou seja, a ação de cantar não foi tão bem desenvolvida pela Disney desta vez.
Contudo, Moana – Um Mar de Aventuras ainda consegue encantar, e muito por conta do visual impecável da animação. Os cabelos, tatuagens e movimentos dos personagens e cenários estão impecáveis. Se a parte narrativa do filme deixa a desejar, a qualidade visual dos estúdios Disney está melhor do que nunca. E, apesar das críticas feitas anteriormente, Moana – Um Mar de Aventuras tem tudo para ficar marcado como um bom filme de animação da geração atual. Mas está longe de ser o mais memorável. Bem longe…
Olá! Gostei muito do visual do filme. Mas muita música, cansa. Este e o ponto negativo desta animação. Gostei, mas só esta parte de muitas musicas, cansou.